PETRA A CIDADE DOS NABATEUS
Terceiro dia: 17 de Setembro de 2012
Missa ao ar livre celebrada por Padre Fábio de Melo |
PETRA - a cidade encravada na pedra.
A história de Petra nos remete ao século III A.C, como
capital dos nabateus até o século I D.C. Seu máximo esplendor está vinculado ao
povo nabateu cujos poderosos reis controlavam as rotas das caravanas comerciais
da época.
Caminho feito a pé até Petra |
Graças as recentes escavações, foi possível descobrir o Siq,
caminho de acesso a Petra, uma fenda dentro de um desfiladeiro cujas paredes de 200 m de altura em alguns pontos, que foram separadas por forças tectônicas no passado e que são
quase invisíveis externamente, atravessando-o
se chega à cidade.
Camelos para passeio de turistas |
Siq - caminho de paredes rochosas. |
Sua rede hidráulica está formada por dezenas de barragens, numerosos diques, depósitos e cisternas abertas nas rochas, que em épocas anteriores receberam o frescor da água.
O sistema de condução hidráulico fica assentado sobre una serie de canais
muitos pequenos que conduzem a água até as zonas mais baixas, desembocando em
alguns dutos de rochas talhados com grande delicadeza.
Siq - término de caminho na Praça do Tesouro |
Graças a tudo isto, os nabateus chegaram a dominar a zona durante séculos.
A presença de cidadãos romanos nas províncias do império foi a causa da construção dos templos, termas, e moradias, tudo a imagem e semelhança da arquitetura metropolitana. Foi a Síria, em época romana, o país que mais se utilizou o estilo barroco romano.
O tipo helênico da arquitetura nabateia, representada em Petra, se encontra em toda a zona de influencia deste povo na Arábia Central. Todas estas cidades eram etapas da rota que unia a Arábia Meridional com Síria e Palestina.
Não são fachadas construídas, todas elas foram esculpidas
diretamente na pedra, tal como já se fizera nos templos egípcios.
O Tesouro (Al Khazneh) em Petra |
O Tesouro (Al Khazneh).
Descoberto no ano 1812 por Johann Ludwig Burckhardt, sem
dúvida é o mais conhecido pelos turistas.
El templo fica oculto pelas altas rochas que a seguindo caminhado pelo
Siq, se chega a uma pequena praça. Nessa praça se aprecia sua fachada de clara
influencia romana, com suas colunas e frente helênica que se complementam com
uma série de relevos desgastados pela água, a chuva e o sol. Apesar de haver
sofrido numerosos terremotos, o tesouro mantém em pé suas formas geométricas
rompendo as sinuosas linhas de arenito vermelho.
Moisés ferindo a rocha, catacumbas de São Pedro e Marcelino, Roma, século III. |
Já na Bíblia Sagrada, o II Livro dos Macabeus (5,8), cita um
príncipe nabateu, chamado Aretas I, em cuja casa se refugiou Jasão, sacerdote
de Jerusalém, expulso por Menelau. Dada
sua situação fronteiriça com o estado judeu, e, apesar de que no século II A.C
suas relações serem amistosas, os nabateus tiveram que lutar em numerosas
ocasiões com as ideias expansionistas dos soberanos do leste. A cidade encravada na rocha também é citada em Números 20, 10 - 12.
Petra conheceu seu apogeu e começaram a construir seus
primeiros e monumentos, sob o esplendor do reinado de Aretas IV (9 A.C - 40
D.C). A partir do ano 70 D.C se pode dizer que a cidade começou seu declive e o
desvio do comercio árabe pelo Mar Vermelho foi o golpe final à economia
nabateia.
Petra ainda guarda muitos segredos.
Petra ainda guarda muitos segredos.
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